Desde os anos 1980, os níveis de testosterona nos homens vêm caindo em torno de 1% ao ano, segundo estudos populacionais. O que isso significa?
➡️ Hoje, um homem de 22 anos em 2024 tem o mesmo nível médio de testosterona que um homem de 67 anos nos anos 2000.
E não se trata apenas do envelhecimento natural.
🔍 Estudos que comprovam a queda
1. Massachusetts Male Aging Study (1987–2004)
Uma análise de homens entre 45 a 80 anos mostrou uma queda de 501 ng/dL em 1987 para 392 ng/dL em 2004 — quedas independentes da idade, mesmo controlando fatores como peso e tabagismo.
2. Homens jovens nos EUA (1999–2016)
Outro estudo com quase 4.000 jovens americanos (15 a 39 anos) registrou uma queda de 605 ng/dL para 451 ng/dL em menos de 20 anos. O declínio se manteve estatisticamente significativo mesmo entre não-obesos .
⚠️ O que está por trás dessa queda?
Apesar da associação entre obesidade e testosterona baixa, os pesquisadores ressaltam que:
- A queda persiste mesmo após ajustes para IMC, tabagismo, dieta e atividade física.
- Exposição a pesticidas, plástico (ftalatos, bisfenol A), estresse crônico, privação de sono e dietas ultraprocessadas são suspeitos de influenciar os níveis hormonais negativo e silenciosamente .
📌 Quais as consequências para os homens?
- Redução da libido e desempenho sexual
- Cansaço, baixa energia e menos disposição para atividades físicas
- Acúmulo de gordura abdominal e perda de massa muscular
- Risco aumentado de diabetes, doenças cardíacas, depressão e osteoporose
- Comprometimento da fertilidade e redução da contagem espermática (associado ao declínio na testosterona e na saúde espermática global)
💡 Apesar do declínio hormonal, muitos sintomas estão mais relacionados à metabolismo, glicemia e obesidade, como apontam pesquisas recentes que questionam a testosterona como causa única de disfunções sexuais .
💊 A reposição terapêutica é uma solução?
A TRT (terapia de reposição de testosterona) pode ajudar homens que apresentam quadro confirmado de deficiência hormonal clínico. Mas há cuidados importantes:
- Reposição exige exames complementares e avaliação médica personalizada
- Efeitos são variáveis e podem trazer riscos cardíacos, hormonais ou reprodutivos
- Certifique-se de que o objetivo seja funcional, e não estético
Uma alternativa emergente: medicamentos para obesidade tipo GLP‑1, como semaglutida, que melhoram os níveis de testosterona em pacientes com sobrepeso ou diabetes — elevando a proporção de homens com testosterona normal de 53% para 77% após 18 meses de uso.
✅ Dicas práticas para preservar seu nível hormonal
| Estratégia | Benefícios esperados |
|---|---|
| Alimentação rica em nutrientes | Melhora do perfil hormonal e composição corporal |
| Prática regular de exercícios | Aumenta produção natural de testosterona |
| Qualidade do sono | Evita desequilíbrios hormonais |
| Redução de estresse | Protege o sistema endócrino e imunológico |
| Menos exposição a toxinas | Menos interferência hormonal |
| Avaliação médica periódica | Diagnóstico correto antes de pensar em TRT |
🔎 Dica PodViva
Se você tem menos de 40 anos e já sente cansaço constante, falta de libido ou perda de massa muscular, procure um endocrinologista para avaliar seus níveis hormonais e considerar causas metabólicas. A ação rápida e hábitos saudáveis podem evitar que jovens se sintam com a idade física de uma geração anterior.
Acesse podviva.com.br para conteúdos confiáveis sobre saúde masculina, hormônios e qualidade de vida.
Redação



