Seu Raimundo, um paciente de 70 anos com hipertensão e colesterol alto, se tornou um marco no Instituto do Coração (InCor) de São Paulo ao ser o primeiro paciente na América do Sul a passar por uma angioplastia com o auxílio da inteligência artificial. A equipe de cardiologia intervencionista do InCor realizou o procedimento minimamente invasivo para desobstruir artérias coronárias entupidas com a ajuda de um algoritmo de inteligência artificial que analisou imagens de raio X e tomografia de coerência óptica conjuntamente, oferecendo informações mais precisas sobre a localização da obstrução, características da placa, presença de calcificações e espessuras, além de avaliar a correta expansão do stent após a implantação.
A angioplastia é um procedimento comum em hospitais de todo o país, e o uso de um equipamento de raio X para visualizar os pontos de obstrução e guiar a implantação do stent é padrão. Em alguns centros especializados, como o InCor, os médicos têm à disposição a tomografia de coerência óptica, um método que oferece resolução similar à de um microscópio para visualizar o interior do vaso cardíaco. A inteligência artificial, por sua vez, permite a fusão das imagens de raio X e tomografia, proporcionando uma análise mais precisa e detalhada da obstrução.
O uso da inteligência artificial na área da saúde vem crescendo nos últimos anos, com avanços significativos em diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças. No caso da angioplastia, a tecnologia pode ajudar a melhorar a precisão do procedimento, reduzir riscos e aumentar a eficácia do tratamento. Para os pacientes, isso significa uma recuperação mais rápida e uma redução do tempo de internação, além de um maior sucesso na prevenção de problemas cardiovasculares.
