O Dia Mundial de Luta contra a AIDS, comemorado em 1º de dezembro, reforça a necessidade de intensificar os esforços de prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV/AIDS. Segundo o relatório UNAIDS, em 2021, 38,4 milhões de pessoas viviam com HIV no mundo, sendo que na América Latina houve um aumento de 21% nos casos desde 2010. Esses números evidenciam desafios ainda presentes, como a falta de acesso à informação, estigmas sociais e desigualdades no acesso ao tratamento.
Na Bahia, os dados de 2021 mostram a gravidade do problema: 2.424 novos casos de HIV e 1.047 de AIDS foram registrados, com 685 óbitos associados à doença. Além disso, 442 gestantes foram diagnosticadas com HIV, indicando a importância do acompanhamento pré-natal para prevenir a transmissão vertical.
Desafios e Avanços
A principal forma de transmissão do HIV continua sendo por relações sexuais desprotegidas, mas outras vias incluem transmissão vertical, transfusões de sangue e uso de materiais perfurocortantes contaminados. Embora não haja cura, os avanços no tratamento com antirretrovirais, distribuídos gratuitamente pelo SUS, permitem que pessoas vivendo com HIV tenham qualidade de vida e longevidade semelhantes à população geral.
Na Bahia, a Secretaria da Saúde (Sesab) tem implementado iniciativas significativas, como:
- Distribuição de milhões de testes rápidos e preservativos.
- Qualificação de profissionais para manejo de HIV, sífilis e hepatites virais.
- Ampliação do acesso à carga viral e genotipagem, essenciais para o acompanhamento clínico.
Ações de Conscientização
No Dia Mundial de Combate à AIDS, a Sesab realiza eventos educativos, como palestras sobre o perfil epidemiológico da doença e a importância do trabalho multiprofissional no atendimento a pacientes. Além disso, são promovidas campanhas para combater o estigma e reforçar a importância do diagnóstico precoce, que permite intervenções mais eficazes e prevenção da progressão para a AIDS.
Perspectivas Futuras
A luta contra o HIV/AIDS exige mobilização intersetorial e maior atenção às desigualdades de gênero, ao racismo estrutural e ao combate ao estigma e à discriminação. É crucial que a sociedade se engaje em ações de educação e conscientização para fortalecer a prevenção e apoiar as pessoas vivendo com HIV.
Fonte: Governo do Estado da Bahia – Secretaria de Saúde
